Há tempos, o presidente Lula concluiu que seria difícil contar com os principais partidos do Centrão no projeto da reeleição.
Diante da má vontade de lideranças do PP, União Brasil, Republicanos, PSD e até do MDB, o petista adotou a estratégia de negociar acordos individuais com políticos destas legendas nos estados.
Em muitos lugares, o PT deve apoiar nomes de partidos do centro em troca de apoio à reeleição de Lula.
No caso do Rio Grande do Norte, a negociação do PT é com o MDB, como é sabido por todos.
Na cabeça de Lula, o vice-governador Walter Alves seria o candidato natural desta aliança, mas o filho de Garibaldi resolveu declinar da primazia para focar na eleição de aliados aos parlamentos e apoiar um nome do PT ao governo.
Walter tem reafirmado seu compromisso com a pré-candidatura de Carlos Eduardo Xavier (PT), atual secretário da Fazenda.
O problema é que ele tem recebido “apelos” para concorrer em 2026, conforme admitiu o pai dele.
São apelos de lideranças do MDB com atuação forte no interior do Estado. O movimento para que aceite disputar o governo vai continuar, e deve escalar quando Walter assumir a gestão em abril do próximo ano.
Por ora, o vice-governador resiste. Até acredito que ele está determinado a cumprir seu acordo com Cadu.
Agora, não foi à toa que Garibaldi lembrou nesta semana que o próprio Lula pediu para Walter concorrer, quando o presidente aqui esteve na inauguração da barragem Oiticica, em março passado.
Eu fiquei com a impressão que Garibaldi deseja ardentemente a candidatura do filho.
De Diógenes Dantas