Sempre que pode, a governadora Fátima Bezerra pega a estrada e segue na direção de Nova Palmeira (PB), onde nasceu. Na pequena cidade paraibana, reencontra familiares e amigos. Fez isso neste Natal.
É sempre uma boa oportunidade para colocar a conversa em dia, saber do paradeiro de um ou de outro, dar boas risadas e desopilar.
Dessa vez, porém, Fátima viajou com a imagem de Walter Alves na cabeça. A possibilidade de o vice-governador se bandear para os lados da oposição tem lhe tirado o sossego. Ela não esperava isso dele.
A governadora chegou ontem de Nova Palmeira determinada a ter uma conversa direta e sincera com Waltinho, revelou-me uma fonte da ala governista.
Em nome da responsabilidade que ambos têm com o futuro do Estado, Fátima quer saber, de forma objetiva, qual é a intenção de Walter sobre assumir ou não o governo em abril, quando ela deixará o cargo para disputar uma vaga no Senado.
“Mesmo sendo poucos meses, será um período crítico, e a população não pode viver a situação inusitada de um Estado que ninguém quer assumir”, comentou meu informante.
Fátima Bezerra deverá oferecer a Walter uma disponibilidade ainda maior — e mais aberta — para a formação de um grupo de transição. A ideia é fornecer e discutir, em tempo hábil, as informações necessárias para que ele tome sua decisão ainda no primeiro trimestre de 2026.
Para a líder petista, o vice-governador não pode continuar a dar sinais de indecisão, alimentando a desinformação e a boataria.
De Diógenes Dantas
