Nota conjunta mostra reaproximação e sucessão no RN passa pela vice de Lula

A governadora Fátima Bezerra (PT) e o vice-governador Walter Alves (MDB) voltaram a falar a mesma língua. Pelo menos publicamente. Reunidos na tarde desta segunda-feira, eles divulgaram nota conjunta após uma “avaliação política e administrativa” do Rio Grande do Norte e comunicaram que as decisões sobre as eleições de 2026 serão tomadas ouvindo as instâncias nacionais do PT e do MDB.

No texto, Fátima e Walter afirmam que “os interesses do Estado do Rio Grande do Norte sempre se imporão” aos projetos partidários e pessoais, relembrando a aliança construída em 2022 como parte do projeto nacional que sustenta o governo Lula e o governo estadual.

Na prática, nota conjunta é gesto político. Quem assina junto sinaliza que, apesar das tensões e das especulações que marcaram os últimos dias, segue operando no mesmo trilho, ainda que com negociações transferidas para o nível nacional.

O blog recebeu a informação de que o movimento de hoje coloca um fim, nesse momento, no possivel apoio de Walter Alves ao projeto de Alisson Bezerra em 2026, hipótese que alimentou o noticiário político.

Ao escolher agora o caminho da nota conjunta e da “consulta às cúpulas” do PT e do MDB, a governadora e o vice colocam essa alternativa no telhado. O PMDB quer indicar o vice de Lula que por sua vez gostaria de continuar com Alckmin na vice. o desdobramento de Brasília pesará na aliança local.

Resta saber se a nota influenciará os deputados estaduais que faziam movimento no sentido de apoiar o adversário de Fátima Bezerra em 2026.

A formação de chapas e alianças proporcionais costuma seguir dinâmica própria com estratégias de sobrevivência eleitoral.

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