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Mau planejamento deixa turbinas paradas e causa prejuízos bilionários, diz Jean Paul

O ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, denunciou em vídeo gravado nas estradas do Rio Grande do Norte, onde aparecem diversas turbinas eólicas paralisadas, o que chamou de um grave problema de mau planejamento do setor elétrico brasileiro. Segundo ele, a falha tem provocado corte obrigatório da geração de energia eólica (curtailment) e prejuízos que já ultrapassam R$ 5 bilhões em dois anos.

“Um vento forte sopra no Rio Grande do Norte. Já ouviram isso? Muitos anos depois, conseguimos erguer a indústria eólica em nosso estado e em todo o Nordeste. Mas, ultimamente, o vento forte passa, mas as pás estão paradas”, afirmou.

Jean Paul explicou que o corte de geração ocorre principalmente pela falta de infraestrutura de transmissão para escoar a energia produzida, problema que considera “perfeitamente solucionável” com tecnologia, planejamento adequado e gestão equânime do setor, tratando todas as fontes com o devido respeito.

Ele lembrou que estados antes vistos como periféricos no setor energético hoje são protagonistas. “Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Bahia, Maranhão e Pernambuco são verdadeiras casas de força, reservas de energia renovável para o Brasil. Precisamos valorizar essas economias que hoje sustentam a transição energética do país”, destacou.

De acordo com o ex-presidente da Petrobras, a crise ameaça não apenas os empreendimentos eólicos já em operação, mas também a credibilidade do Brasil para atrair novos investimentos. “É preciso, urgentemente, encontrar uma solução. Sob risco de perdermos fábricas, perdermos empregos e, sobretudo, perdermos a confiança de investidores”, alertou.

RN tem quatro mil postos de trabalho em risco com tarifaço de Trump

Um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) aponta que o estado pode deixar de comercializar entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões em exportações, por ano, com o aumento das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na manhã desta quinta (31), o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, se reuniu com lideranças dos diferentes setores, como sal, pescado, balas e pirulitos, e materiais recicláveis, que estão entre os mais afetados pela taxação adicional de 50% sobre produtos brasileiros. A estimativa é que o tarifaço colocaria em risco uma média de 4 mil postos de trabalho no RN.

“Isso coloca em risco empregos, arrecadação de impostos para o Estado e a manutenção de um mercado”, alertou Airton Torres, presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN (SIESAL-RN).

Dentre 47 produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos, apenas dois entraram na lista de exceção e não serão tarifados com a taxação de 50% estabelecida por Donaldo Trump: o óleo combustível e a castanha de caju.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Pesca do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN), Arimar França Filho, 80% das exportações de pescado do Estado são destinadas aos Estados Unidos.

BNB atua p/ criar 580 mil vagas no RN

O número de empregos impactados pelos financiamentos do Banco do Nordeste (BNB), em 2024, superaram 580 mil vagas, entre formais e informais. Os valores foram calculados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), que considerou os cerca de R$ 61,3 bilhões contratados, ano passado, em toda área de atuação do Banco, que abrange estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.

Outro efeito do crédito foi o incremento na arrecadação tributária. No ano passado, esse valor superou R$ 2 bilhões. Houve, ainda, um incremento de R$ 19,7 bilhões no valor adicionado à economia.

Setores de Comércio e Serviços no RN começam 2025 em alta

Os setores de Comércio e Serviços do Rio Grande do Norte iniciaram 2025 com desempenho positivo, superando a média nacional e se consolidando entre os destaques da economia nordestina. Segundo os dados das Pesquisas Mensais de Comércio (PMC) e de Serviços (PMS) do IBGE, o comércio varejista do estado cresceu 4,3% em janeiro, enquanto o setor de serviços registrou uma expansão de 6,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, o melhor resultado do país. No caso do varejo potiguar, o crescimento superou a média nacional de 2,2%.

“O crescimento reflete uma combinação de fatores, incluindo a recuperação gradual do setor varejista a partir de 2024, incentivos ao consumo, como a maior oferta de crédito, e melhoria nos indicadores de emprego e renda”, explica o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz

Por sua vez, o setor de serviços do estado teve a maior alta do Brasil em janeiro, ficando também acima da média nacional que foi de 1,6%. Foi o 10º mês consecutivo de crescimento da receita de serviços no RN, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O avanço foi puxado principalmente pelos Serviços de informação e comunicação com crescimento de 7,5%, devido à alta demanda por tecnologia e serviços digitais. As atividades de turismo, por sua vez, cresceram 2,0%.

As projeções da Fecomércio RN para 2025 apontam que o comércio e os serviços do RN devem manter um ritmo de crescimento entre 4% e 6%, sustentados pelo fortalecimento do turismo, investimentos em infraestrutura e o avanço da digitalização dos negócios.

Varejo potiguar registra crescimento acima da média nacional no primeiro semestre de 2024

O comércio varejista do Rio Grande do Norte continua a mostrar sinais de crescimento, reforçando o bom momento vivido pela economia do estado. De acordo com os dados mais recentes do IBGE, divulgados na quarta-feira (14), as vendas do Varejo Ampliado no estado cresceram 6% no acumulado de janeiro a junho de 2024, um desempenho superior à média nacional, que foi de 4,3% no mesmo período.

Este crescimento expressivo ocorre em um cenário onde o Rio Grande do Norte também se destaca pela criação de empregos formais, que registrou a abertura de 13.060 vagas no primeiro semestre de 2024, o melhor resultado desde o início da série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2010. O desempenho do setor varejista no estado é quase quatro vezes superior ao observado no primeiro semestre de 2023, quando o crescimento foi de 1,7%.

O mês de junho, especificamente, apresentou um crescimento de 2,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Os que mais contribuíram para o bom desempenho do varejo no estado, foram setores como: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que cresceram 15,1%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com incremento de 7,6%; Veículos, motocicletas, partes e peças, cuja alta foi de 7%; e Móveis e eletrodomésticos, aumentando 6,7%.

“Os números do varejo potiguar reforçam o círculo virtuoso de crescimento que nossa economia vem experimentando. Com o aumento da renda média do trabalhador e o volume de crédito disponível, vemos um impacto direto nas vendas e, consequentemente, na geração de empregos. Este é um sinal claro de que estamos no caminho certo para fortalecer ainda mais a economia do Rio Grande do Norte”, destacou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Os bons resultados também são atribuídos à manutenção de políticas fiscais favoráveis, como a alíquota de ICMS, que contribuiu com cerca de R$ 350 milhões para o mercado consumidor apenas no primeiro semestre. Além disso, eventos de grande porte realizados em diversas cidades do estado, como Assú e Mossoró, movimentaram a economia, contribuindo significativamente para o crescimento econômico local.

42% da população está inadimplente no RN

O início de janeiro é o período em que muitas pessoas param para verificar as contas e os gastos de fim de ano. Apesar da renda extra do 13º, os meses de dezembro e janeiro são marcados por gastos extraordinários, como confraternizações, presentes, IPTU, IPVA e material escolar dos filhos.

Isso acaba prejudicando as contas e aumentando o endividamento da população. De acordo com o último Mapa da Inadimplência divulgado pelo Serasa, 42,8% da população do Rio Grande do Norte está endividada.

Por isso, é extremamente importante começar 2024 realizando um planejamento financeiro, de modo a garantir um ano com as finanças no azul. “O primeiro passo é levantar o que foi gasto no final de 2023, de modo a entender a sua realidade financeira no início do ano”, explica Erli Bandeira, especialista em Finanças e Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste.

Viabilidade: Mineradora anuncia resultados do estudo projeto Borborema em Currais Novos

A Aura Minerals anunciou os resultados do estudo de viabilidade do projeto Borborema, localizado no município de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, informando que o empreendimento será uma mina a céu aberto, com produção prevista de 748 mil onças de ouro e uma vida útil de 11 anos e quatro meses, com potencial para expansão.

Para implantação do empreendimento, estão previstos investimentos de US$ 188 milhões, relata matéria publicada no site Brasil Mineral.

A Aura Minerals informou também que já deu início aos processos legais para obter as licenças necessárias do projeto.

MEI pode contratar no BNB

Os profissionais cadastrados como Microempreendedores Individuais (MEI) podem contratar até R$24 mil para capital de giro no Banco do Nordeste (BNB), utilizando o Fundo Garantidor de Operações (FGO). Além disso, o pagamento pode ser feito em até 72 meses, com carência de até 11 meses.

Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física

A indústria no Rio Grande do Norte segue com resultados positivos na variação frente ao mesmo mês do ano anterior, crescendo 16,5% em junho de 2023, muito acima da média nacional (0,3%).  Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física), que produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da indústria no Brasil e regionalmente.

Regionalmente, além Rio Grande do Norte, mais oito dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. As maiores altas registradas em outros estados foram no Espírito Santo (11,8%), Rio de Janeiro (11,7%) e Mato Grosso (10,5%).

Os resultados da indústria potiguar foram puxados pela indústria de transformação, que teve alta de 34,5% se comparada a junho de 2022. No comparativo com outras unidades da federação estudadas na pesquisa, assim como nos resultados da indústria geral, o estado também aparece com a maior alta do país no resultado isolado da seção industrial de “Transformação”, seguido de Mato Grosso (10,5%) e Amazonas (6,7%).