Jean Paul admite dar tempo na política: “Também não há problema em parar”

O ex-presidente da Petrobras e ex-senador Jean Paul Prates disse que pode se afastar da política. Após ser ignorado pelo PT nas articulações para 2026 e sem qualquer convite para conversar sobre futuro eleitoral, ele afirmou que não vê mais espaço para si dentro do atual cenário do partido no Rio Grande do Norte. “Eu vou decidir duas coisas: se eu fico na política ou se eu simplesmente dou um tempo. Também não há problema em dar um tempo”, declarou durante entrevista à Mix FM nesta terça-feira 3.

Filiado ao PT desde que foi convidado por Fátima Bezerra para ser suplente de senador, às vésperas do processo eleitoral de 2014, Jean Paul disse que ainda não teve sequer uma conversa com a governadora após sua saída da Petrobras ou sobre as definições políticas do partido para a disputa eleitoral de 2026. “Alguns interlocutores vieram justificar, mas nenhuma conversa direta. O candidato do PT é Cadu, que é um bom nome, é meu amigo, botafoguense como eu. Mas o partido não tem planos para mim. Eu quero perguntar isso derradeiramente: tem plano para mim? Se não tem, está bem. Eu vou decidir se fico ou não”, cobrou Jean.

Jean Paul admitiu que sua decisão será tomada com calma. Disse que está reorganizando sua vida profissional e que, em julho, fará uma avaliação completa do cenário. “Se tiver condição, eu posso disputar. Mas se não tiver, não tem problema. Eu não sigo o calendário da política, sigo o meu. E viver fora da política, pelo menos por um tempo, também é uma possibilidade.”

Ele afirmou que sua forma de fazer política parte da lógica de que o partido define o jogo, como um técnico que escala um time. “Se o partido entende que eu não tenho potencial, se não fui escalado para nada, então não estou mais naquele time.” Na entrevista, Jean Paul não descartou a hipótese de mudar de legenda, mas disse que isso só será cogitado depois de esgotar o diálogo dentro do PT. Reafirmou seu perfil de esquerda e descartou qualquer aproximação com partidos de direita ou centro-direita. “Mesmo que me filiasse a uma legenda neutra, seria para levar um viés de esquerdização”, declarou.

Do AGORARN

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