A sucessão nos governos estaduais em 2026 será marcada por uma ampla renovação.
Apenas nove dos 27 governadores eleitos atualmente poderão disputar a reeleição, o que deve provocar mudanças profundas no comando dos Estados. Apesar disso, as chamadas máquinas reeleitorais não desaparecerão: em muitos casos, elas serão transferidas para os vices-governadores, que devem assumir o cargo com antecedência e disputar o pleito como titulares.
Ao menos 12 vices já sinalizaram que pretendem assumir os governos e concorrer à eleição, com predominância de nomes do MDB, além de representantes do PP, Republicanos, Avante e União Brasil.
Em alguns Estados, no entanto, o cenário é de incerteza, provocado por crises políticas, rompimentos internos ou disputas familiares.
No Rio Grande do Norte, o quadro é especialmente delicado. A governadora Fátima Bezerra (PT) planeja deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado, mas seu vice, Walter Alves (MDB), indicou que pode se recusar a assumir o governo, criando uma situação atípica e imprevisível. A decisão embaralha o tabuleiro político local, fragiliza a continuidade administrativa e abre espaço para disputas internas tanto no campo governista quanto na oposição.
“Walter Alves (MDB) embaralhou todas as cartas, ao sinalizar de que irá se recusar a assumir o posto”, diz o Valor.
