RN registra queda nos nascimentos em 2024

Segundo as Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo IBGE. Em 2024 foram registrados 2.376.901 nascimentos, queda de 5,8% em relação a 2023. Ao mesmo tempo foram registradas 1.516.381 pessoas falecidas no ano.

A série histórica indica que o número de nascimentos tem recuado de forma contínua desde 2017, quando foram registrados 2.678.992 nascimentos. A diferença entre 2017 e 2024 reflete uma redução de centenas de milhares de nascimentos em poucos anos e confirma a tendência de envelhecimento demográfico no país.

O Rio Grande do Norte também apresentou queda no número de nascimentos em 2024. Foram registrados 36.645 nascidos vivos no estado em 2024. No mesmo ano o número de óbitos registrados no Rio Grande do Norte foi de 27.690. Esses números reforçam que, no plano local, as tendências nacionais se repetem e exigem ajustes em políticas de saúde, educação e assistência social.

Fatores variados, entre eles o adiamento da maternidade e da paternidade, mudanças nos padrões de planejamento familiar, pressões econômicas e alterações no papel e nas expectativas de gênero estão relacionados à queda no número de nascimentos. Esses vetores se juntam ao efeito da transição demográfica, com queda da fecundidade e aumento da longevidade, o que muda a composição etária e pressiona políticas públicas.

Quanto aos óbitos, o aumento registrado em 2024 ocorre em meio a uma elevação especialmente nas faixas etárias mais altas, o que tende a ser consequência direta do envelhecimento populacional. O IBGE aponta variações por faixa etária e por unidade da federação que ajudam a explicar como a mortalidade está se comportando no território nacional.

O choque entre menos nascimentos e mais óbitos traz implicações práticas. A curto e médio prazo, municípios e estados precisarão rever projeções de população para planejar vagas em creches, escolas e a oferta de serviços de saúde. A médio e longo prazo, haverá impacto sobre a força de trabalho, sobre a sustentabilidade do sistema previdenciário e sobre exigências por políticas que incentivem equilíbrio demográfico.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *