Alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal João Luiz Victor, na cidade de Lagoa Nova, no Rio Grande do Norte, participaram nesta semana de uma oficina de animação promovida pelo Instituto Marlin Azul. A atividade integra o Projeto Animação e resultará na produção coletiva de um curta-metragem.
A oficina aconteceu entre segunda-feira (25) e sexta-feira (29), no distrito de Sítio Dentro, na Serra de Santana. Durante as aulas, os estudantes tiveram contato com brinquedos ópticos que antecederam o cinema, como o taumatrópio, o flipbook e o zootrópio, experimentando as bases da ilusão de movimento que deu origem à sétima arte.
Após uma roda de conversa, a turma escolheu fazer um filme sobre como é a vida na comunidade, o que mais gostam de fazer, como valorizam o território ao qual pertencem e ajudam a construir. Um dos elementos escolhidos para compor a história é o caju, fruta típica da região presente na identidade, na economia local, nas memórias, nas brincadeiras e nas aventuras da garotada nos quintais do território.
Do tupi-guarani “acayu” ou “aca-iu”, cujo significado é “noz que se produz”, o caju, rico em Vitamina C e Ferro, de alto valor nutritivo, ingrediente para doces, sucos e geleias, guarda muitas curiosidades. Uma delas é ter como fruto a castanha. A parte carnosa, suculenta e comestível, de cor vermelha, rosada ou amarela, é um pseudo-fruto, um pedúnculo floral, um tipo de haste que antecede a flor ou fruto.
Após a criação do roteiro, a turma começou a montar as cenas a partir de técnicas de animação, como desenho 2D, recorte, stopmotion com massinha e com outros objetos, além do pixilation (quando atores vivos são utilizados e captados quadro a quadro (como fotos), criando uma sequência de animação), com a orientação da animadora Marinéia Anatório. A criação da história e as encenações têm a orientação da cineasta Mariana de Lima. Depois da edição e da finalização, o filme será apresentado para a comunidade durante sessão aberta e gratuita a se realizar ainda neste segundo semestre de 2025.
