A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) vai liderar um estudo para avaliar os impactos sociais, ambientais e de saúde das usinas eólicas e solares em 60 municípios do Rio Grande do Norte. O projeto, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, ainda aguarda a aprovação da lei orçamentária para ser iniciado, mas já está em fase de planejamento junto à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.
O reitor da Ufersa, Rodrigo Codes, explicou que o estudo será conduzido por equipes multiprofissionais e terá como objetivo principal investigar os efeitos das usinas sobre a saúde dos trabalhadores, a saúde mental das comunidades vizinhas, além de impactos ambientais relacionados à fauna e à flora dos locais onde essas usinas estão instaladas.
“Nós temos pesquisadores e pesquisadoras especializados nesse tema. A Ufersa possui a expertise necessária para realizar esse trabalho em conjunto com outras instituições, como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)”, afirmou o reitor.
O Rio Grande do Norte lidera a produção de energia eólica no Brasil e conta atualmente com mais de 3 mil usinas em operação. O estudo vai abranger todos os municípios potiguares que possuem usinas eólicas e solares em atividade. Segundo Rodrigo Codes, o projeto é resultado de um diálogo direto com o Ministério da Saúde, representado pela secretária Ethel Maciel, que buscou a universidade pela sua capacidade técnica e pela relevância do tema para o estado.