Arquivo da categoria: Arte

Documentário destaca protagonismo feminino quilombola no RN

O curta-metragem As Dançadeiras de São Gonçalo apresenta uma imersão delicada na prática tradicional da dança que leva o nome do santo português, mantida com vigor pelas mulheres da comunidade quilombola Pêga, em Portalegre, no Alto Oeste potiguar. A produção será exibida no dia 11 de julho na Mostra Horizontes do Festival Goiamum, em Natal.

Sob direção de Jorge Andrade, o filme constrói um retrato poético e respeitoso das dançadeiras, revelando como suas performances são carregadas de espiritualidade, resistência e memória coletiva. A obra não apenas documenta um rito, mas valoriza o gesto, o silêncio e a presença como elementos centrais de uma herança viva.

Tradição ancestral ainda pulsante

Embora a Dança de São Gonçalo esteja presente em várias regiões do Brasil, no Rio Grande do Norte ela segue viva apenas nas comunidades quilombolas Pêga e Arrojado. Com raízes na fé católica, a prática ganhou contornos locais, marcados pela força da cultura afro-brasileira e pelos modos de vida do sertão potiguar.

As Dançadeiras de São Gonçalo vai além do registro folclórico ou religioso. Ao se debruçar sobre as histórias das mulheres que mantêm essa tradição, o documentário reconhece a dança como uma expressão de identidade, conexão espiritual e afirmação cultural.

“Queríamos compreender o que leva cada mulher a seguir dançando, o que habita nos intervalos, nos gestos e nos silêncios”, explica o diretor. “Nosso ponto de partida foi a escuta. Não se trata apenas de mostrar, mas de sentir com elas.”

A ideia do projeto nasceu do desejo de romper com representações estigmatizadas das populações quilombolas, frequentemente retratadas a partir da dor e da ausência. A proposta foi construir, com sensibilidade e ética, um registro que parte do território e do afeto, priorizando a celebração da vida e da resistência cotidiana.

Trapiá Semente fomenta produção de sons e trilhas, no Seridó

Durante o período de 07 a 11 de julho, o Projeto Trapiá Semente realiza nos municípios, a Oficina “O Som na Cena”, para adolescentes dos grupos teatrais e para músicos das cidades.

O maestro Aglailson França, bacharel em trombone e especialista em Educação Musical, inicia a agenda da oficina “O Som na Cena”, nesta segunda-feira, dia 07, em Cerro Corá, às 19h, na Escola Estadual Querubina Silveira.

Em São Vicente, a oficina será no Museu Comunitário Quixabeira de Arte e Cultura, às 19h, dia 08. Na quarta-feira, dia 09, será em Lagoa Nova, na Estação da Juventude, às 19h e no dia 10, será em Jardim de Piranhas, no IERN, às 16h. Encerrando a programação, Jucurutu tem “O Som na Cena”, dia 11, às 17h, na Escola Municipal Wagner Lopes.

O maestro Aglailson França é compositor das trilhas sonoras para as peças de teatro da Trapiá Cia Teatral. As oficinas abordando sonoplastia, visam a produção de sons e trilhas inéditas, considerando a influência na emoção da cena, e criando sons, para enriquecer a montagem do espetáculo.

O Projeto Trapiá Semente é realização da Associação Cultural Trapiá através da Lei Câmara Cascudo , com patrocínio do Governo do RN, Secretaria Estadual de Cultura, Fundação José Augusto, Instituto Neoenergia e Neoenergia Cosern. A produção é da Mapa Realizações Culturais.

Mulheres agricultoras do Seridó protagonizam documentário

Na região da Serra de Santana, no Seridó do Rio Grande do Norte, grupos de mulheres agricultoras têm ampliado a produção de hortaliças por meio de uma experiência coletiva que articula geração de renda, agroecologia e economia solidária. O cotidiano dessas agricultoras, suas práticas e saberes, agora integram o documentário Canteiros do Bem-Viver: Semeando a Resistência no Semiárido, produzido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Territórios do Semiárido (SEMIAR/UFRN), em parceria com a Cáritas Diocesana de Caicó.

O curta foi gravado em outubro de 2023 em seis comunidades rurais dos municípios de Lagoa Nova e Bodó, onde foram implantados canteiros produtivos com apoio da Cáritas. Doze mulheres compartilharam seus relatos sobre o cultivo agroecológico, os impactos sociais do trabalho coletivo e o papel das tecnologias sociais na rotina do campo. A finalização do material ocorreu em março de 2024.

A produção faz parte do projeto de extensão Transição Agroecológica e Economia Solidária no Seridó Potiguar, coordenado pelo professor Leandro Vieira Cavalcante, do Departamento de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). Além do documentário, o projeto também desenvolveu e distribuiu cartilhas educativas sobre temas como agroecologia, economia solidária e convivência com o semiárido.

De acordo com o coordenador, o documentário busca apresentar experiências locais que vêm contribuindo para formas sustentáveis de produção e organização no meio rural, com foco nas mulheres agricultoras. Também visa apoiar a formação de novos grupos, fortalecer ações de extensão universitária e ampliar o debate sobre alternativas de vida no semiárido brasileiro.

Lançado publicamente em eventos como a Feira do Agricultor, em Lagoa Nova, e a Exposição Agropecuária de Caicó, o filme está disponível no canal do SEMIAR no YouTube.

Mulheres agricultoras do Seridó protagonizam documentário

Na região da Serra de Santana, no Seridó do Rio Grande do Norte, grupos de mulheres agricultoras têm ampliado a produção de hortaliças por meio de uma experiência coletiva que articula geração de renda, agroecologia e economia solidária. O cotidiano dessas agricultoras, suas práticas e saberes, agora integram o documentário Canteiros do Bem-Viver: Semeando a Resistência no Semiárido, produzido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Territórios do Semiárido (SEMIAR/UFRN), em parceria com a Cáritas Diocesana de Caicó.

O curta foi gravado em outubro de 2023 em seis comunidades rurais dos municípios de Lagoa Nova e Bodó, onde foram implantados canteiros produtivos com apoio da Cáritas. Doze mulheres compartilharam seus relatos sobre o cultivo agroecológico, os impactos sociais do trabalho coletivo e o papel das tecnologias sociais na rotina do campo. A finalização do material ocorreu em março de 2024.

A produção faz parte do projeto de extensão Transição Agroecológica e Economia Solidária no Seridó Potiguar, coordenado pelo professor Leandro Vieira Cavalcante, do Departamento de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). Além do documentário, o projeto também desenvolveu e distribuiu cartilhas educativas sobre temas como agroecologia, economia solidária e convivência com o semiárido.

De acordo com o coordenador, o documentário busca apresentar experiências locais que vêm contribuindo para formas sustentáveis de produção e organização no meio rural, com foco nas mulheres agricultoras. Também visa apoiar a formação de novos grupos, fortalecer ações de extensão universitária e ampliar o debate sobre alternativas de vida no semiárido brasileiro.

Lançado publicamente em eventos como a Feira do Agricultor, em Lagoa Nova, e a Exposição Agropecuária de Caicó, o filme está disponível no canal do SEMIAR no YouTube.

Movimento messiânico do século XIX no RN ganha documentário

Um movimento messiânico ocorrido no interior do Rio Grande do Norte, no século XIX, que arregimentou seguidores locais, causou medo em autoridades que temiam o mesmo destino que Canudos e, por fim, foi debelado pelas forças policiais, ganhou um documentário. “Messiânicos”, do radialista Tárcio Araújo, narra a história do evento religioso ocorrido em 1899 na Serra de João do Vale, na região onde hoje está o município de Triunfo Potiguar, liderado pelo místico Joaquim Ramalho do Nascimento, conhecido como beato Joaquim Ramalho.

A obra de 23 minutos foi produzida em 2020 por Tárcio Araújo como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Rádio e TV, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). No entanto, o filme ficou na gaveta em boa parte desse tempo. Dia 13 de junho, a produção foi apresentada no Fórum do Cangaço de Mossoró, e o radialista espera lançar com a comunidade da Serra de João do Vale até setembro. O trailer está disponível no YouTube.

Documentário “Caminhos da Fé” mostra a história do santuário de Santa Rita em Santa Cruz

Já está no ar na plataforma YouTube o documentário “Caminhos da Fé”, que traz o relato histórico da construção do santuário de Santa Rita de Cássia, inaugurado há 15 anos e onde foi implantada a maior estatua católica do mundo. O projeto, idealizado pelo hoje deputado estadual Tomba Farias (PL), na época prefeito da cidade de Santa Cruz (RN), nasceu sob a égide da fé, mas também cercado de desconfiança por parte da população, que diante da grandiosidade da iniciativa, achava que a obra era impossível de ser viabilizada e que tratava-se de “um sonho de louco”. O sonho, no entanto, tornou-se uma realidade que mudou a face da economia local e transformou um município encravado no semiárido nordestino em um dos principais destinos do turismo religioso do País.

A série “Caminhos da Fé” é composta por 15 episódios diários, dois dos quais já podem ser assistidos pelos internautas, através do link https://youtu.be/HSMwVkv5Ezo?si=cxk8b-OeCxSNWKsE

A série é rica em relatos históricos de personagens que vivenciaram de alguma forma as etapas de construção do complexo religioso, como o Monsenhor Aerton Sales. “Naquela ocasião, eu nunca imaginei uma estátua de 42 metros. Perguntei a Tomba ‘como o senhor vai fazer isso’? E ele respondeu: – se o senhor concordar, a gente vai atrás”, relata.

O lado “monumental e audacioso” do projeto também é observado nas declarações da arquiteta Adriana Alves e do escultor Alexandre Azedo, que deu forma a estátua de Santa Rita de Cássia.

“Nós santa-cruzenses ficamos um pouco assustados, pois era impossível você pensar no meio do sertão uma santa maior do que Cristo Redentor”, lembra o jornalista Wallace Azevedo no documentário.

O “Caminhos da Fé” também mostra depoimentos de personagens como o empresário Ruy Gaspar (grupo A.Gaspar) e do publicitário Jener Tinoco, que destaca que Santa Cruz, antes da construção do complexo religioso “era uma cidade só de passagem”.

Atriz Potiguar Alice Carvalho estreia em Guerreiros do Sol, novela da Globoplay

Guerreiros do Sol estreia nesta quarta (11) na Globoplay, a plataforma de streaming da Globo, com um total de 45 capítulos. A novela, a terceira voltada para exibição na plataforma, aborda o Nordeste das décadas de 1920 e 1930, época em que Lampião e seu bando transitavam pela região.

Os autores, George Moura e Sérgio Goldenberg, dizem que a novela é uma história de amor que se desenrola em meio à violência, desigualdades e ausência do estado que, de certa forma, explicam as contradições do Brasil atual.

Na trama, Alice Carvalho vive Otília, que é irmã da protagonista Rosa (Isadora Cruz), e se envolve amorosamente com Jânia, personagem de Alinne Moraes.

Guerreiros do Sol traz violência gráfica e explora com mais liberdade as questões sexuais, algo que não se veria normalmente nas novelas do canal aberto da emissora.

No vídeo de divulgação da novela, divulgado nas redes sociais, Alice Carvalho explica que Otília é a sensatez que quer descobrir o que há além da seca na roça.

“Otília é a lagarta que virou borboleta. A gente vê essa menina aprendendo a ler, o que quer e o que não quer em relação ao amor e até entender por dentro o cangaço. É uma personagem que carrega um outro arquétipo de mulher sertaneja… ela quer ter direito a educação, a uma boa alimentação, a seu pedacinho de terra. Esse é o sonho inicial dela. Ela ganha o mundo e conhece um bocado de si”, resume Alice Carvalho.

Do SAIBAMAIS

Trazendo grandes clássicos do cinema Filarmônica UFRN se apresentará em Currais Novos

A magia da sétima arte vai ganhar novos contornos sonoros no interior do Rio Grande do Norte. A Filarmônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anuncia sua turnê 2025 com o espetáculo “Trilhas de Cinema”, que promete emocionar o público ao resgatar temas que marcaram gerações nas telonas, de Star Wars a O Rei Leão, passando por Jurassic Park e Piratas do Caribe.

O primeiro lote de ingressos estará disponível no Sympla https://www.sympla.com.br/evento/filarmonica-ufrn-apresenta-concerto-trilhas-de-cinema/2987272, a partir desta quarta-feira (11) e o segundo lote na sexta-feira (13) – ambos às 10h.

Com estreia marcada para 14 de junho, na Escola de Música da UFRN, em Natal, em apresentação única às 20h, o concerto tem entrada gratuita, com ingressos disponíveis pelo Sympla a partir das 10h, do dia 11 de junho. Em seguida, a orquestra segue viagem pelo estado, passando por Santa Cruz, Currais Novos, Caicó, Mossoró, Luís Gomes e São Miguel do Gostoso.

Mais do que um espetáculo musical, a turnê é também um gesto de democratização do acesso à cultura e um estímulo à formação de novos públicos. Ao levar a música sinfônica a comunidades que, muitas vezes, estão fora do circuito tradicional das artes, a Filarmônica reafirma o papel da universidade pública como agente de transformação e inclusão.

“O nosso objetivo vai além do palco. Queremos promover encontros, trocas e possibilidades. Levar a música de concerto ao interior é também criar pontes com os músicos locais, despertar vocações e fortalecer o cenário musical potiguar como um todo”, explica o maestro André Muniz, regente da Filarmônica UFRN.

Além dos concertos, a programação inclui oficinas e masterclasses com músicos da orquestra, muitos deles formados ou em formação pela própria UFRN, e oriundos do interior potiguar. As atividades serão desenvolvidas em parceria com bandas, orquestras e escolas de música locais, promovendo intercâmbio técnico e artístico.

Websérie potiguar sobre agentes da saúde estreia online

A websérie Anjos da Saúde, uma produção que coloca os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Natal como protagonistas. Com uma abordagem sensível e profunda, a série está disponível gratuita no canal da produtora NAV no YouTube mostrando o trabalho desses profissionais essenciais no cuidado à saúde da população.

Filmada nos bairros de Nazaré e Felipe Camarão, a série acompanha o cotidiano de figuras como Maria da Paz, Maria Estela, Izelha Maria, Marizelda Fidelis, Ivoneide Ribeiro, Ronaldo Rufino, Sandra Rocha, Suiça Guilherme e Joseilton Ribeiro, agentes que têm um papel fundamental na saúde pública da cidade.

Ao mesmo tempo em que evidencia as dificuldades enfrentadas por esses profissionais, Anjos da Saúde denuncia a negligência com a atenção primária à saúde e a ausência de políticas públicas que garantam melhores condições de trabalho aos ACS.

Ronaldo Rufino, um dos agentes que participa da produção, expressa sua felicidade em fazer parte desse projeto: “Participar dessa produção é um reconhecimento do trabalho que fazemos, e é motivo de muita alegria. Somos o elo entre a comunidade e a unidade de saúde, levando orientação, prevenção e cuidado. Além disso, procuramos trabalhar a arte, o teatro, a música e o cordel para transformar o saber científico, que muitas vezes é distante da comunidade, em algo acessível e compreensível, algo que todos possam usar para se cuidar”, comenta o agente de saúde.

Para o cineasta Thales Victor, o projeto mudou a forma de ver o mundo. “Esse filme nasceu da vontade de fazer algo que realmente tocasse as pessoas. Não era só contar uma história bonita — era mostrar uma realidade que a maioria não vê, mas que está ali, batendo de porta em porta, escutando, orientando, cuidando. Ao acompanhar o dia a dia dos Agentes Comunitários de Saúde, a gente também mudou. Começamos a olhar com mais carinho pra nossa própria saúde, a prestar atenção no que parecia pequeno, mas que é gigante. Esse projeto não é só sobre eles — é sobre todos nós. É sobre humanidade, empatia e transformação”, comenta Thales.

Currais Novos inaugura sala de cinema popular com entrada gratuita

O município de Currais Novos, na região do Seridó potiguar, inaugura nos dias 6 e 7 de junho o CineAvoante, nova sala de cinema público com sessões gratuitas e programação voltada ao cinema nacional. As exibições começam às 19h15 e ocorrerão no Espaço Avoante de Cultura, localizado na Rua Major Felizardo, nº 56.

O CineAvoante é fruto da iniciativa da Associação Avoante de Cultura, com apoio da Prefeitura de Currais Novos, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura e do Governo Federal. O projeto recupera a tradição das antigas salas de exibição que funcionaram na cidade nas décadas de 1970 e 1980, como o Cinema Desembargador Tomaz Salustino e o Cinespacial.

A proposta do CineAvoante é ser uma sala de exibição permanente, com ênfase na difusão de obras do cinema brasileiro. “O que podemos informar sobre o catálogo de filmes é que daremos destaque à produção brasileira, que vive um momento fantástico em todo o mundo, após a visibilidade proporcionada pelos prêmios recentes que nossas produções receberam em festivais de todos os continentes”, acrescenta Duije.

Os equipamentos utilizados foram adquiridos por meio dos recursos da Lei Paulo Gustavo, considerada a maior iniciativa de fomento cultural já realizada no Brasil. No total, foram repassados R$ 3,8 bilhões pelo Ministério da Cultura, valor que chegou a R$ 4,1 bilhões com rendimentos bancários. Segundo o governo federal, 95% desses recursos, o equivalente a R$ 3,9 bilhões, foram efetivamente aplicados em ações e projetos culturais em todo o país.

Serviço:

Abertura do CineAvoante
Datas: 6 e 7 de junho de 2025
Horário: 19h15
Local: Espaço Avoante de Cultura – Rua Major Felizardo, 56, Currais Novos/RN
Entrada gratuita