Primeiro potiguar vítima da ditadura terá certidão de óbito corrigida

A família do potiguar Virgílio Gomes da Silva, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) assassinado pela ditadura em 1969 após sofrer tortura, vai receber nesta quarta-feira (8) a certidão de óbito retificada.

A solenidade é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). A cerimônia que contempla 102 vítimas será realizada a partir das 15h30 no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), e contará com a presença de familiares, integrantes da CEMDP e autoridades convidadas.

Na solenidade, estará presente o filho de Virgílio, Gregório Gomes da Silva. Outros três potiguares também estão com certidões em condições de serem entregues, mas as famílias não devem comparecer neste momento para a solenidade em São Paulo e devem receber o documento em outro momento. São eles: Emmanuel Bezerra dos Santos, Hiram de Lima Pereira e Zoé Lucas de Brito Filho. As entregas ainda devem ocorrer em outras cidades. Entre os 102 nomes, também estão os de Rubens Paiva e de Carlos Marighella.

Gregório explica que em 1994 o Estado brasileiro já reconheceu que foi responsável pela morte e desaparecimento de militantes que se opunham à ditadura militar, mas o reconhecimento, naquele momento, deixou algumas lacunas. Uma era o atestado de óbito.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *