Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 16, o lançamento do projeto integrado de pesquisa e extensão intitulado Avaliação Biopsicossocial das Pessoas em Privação de Liberdade e sua Importância para a Inserção no Trabalho e a Ressocialização, no auditório I do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA/UFRN). Em uma parceria entre UFRN, Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap/RN), Ministério Público do Trabalho (MPT/RN), Tribunal de Justiça (TJ/RN) e Fundação Norte-Rio Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), o objetivo é apoiar a administração penitenciária do estado, dando formato à Comissão Técnica de Classificação.
O projeto tem como função identificar e classificar os aprisionados por meio de visitas técnicas e avaliações biopsicossociais. Esse acompanhamento é executado pelas equipes compostas por profissionais e pesquisadores de Serviço Social, Enfermagem e Psicologia, em prol da ressocialização de pessoas privadas de liberdade no mercado de trabalho, compreendendo suas necessidades e facilitando o retorno delas à sociedade.
De acordo com dados da Seap, de 2024, cerca de 12 mil pessoas estão em estado de privação de liberdade no Rio Grande do Norte, sendo 5.230 em regime fechado. Professora do curso de Serviço Social da UFRN, Janaiky Pereira afirmou que o projeto vai permitir a tentativa de aproximação maior dos direitos humanos para aqueles que estão cumprindo pena e a ressocialização dos indivíduos.
De acordo com Arméli Marques Brennand, secretária adjunta da Seap, a parceria com a Universidade é inovadora. “O Rio Grande do Norte avança e leva o seu trabalho e sua estratégia a diferentes estados brasileiros, chegando também a outros lugares da América do Sul, com apoio da ONU. Sem dúvida alguma, essa parceria fundamental com a UFRN vai fazer com que avancemos e multipliquemos a proposta da nossa ferramenta de ressocialização”.