O Rio Grande do Norte possui mais mulheres ocupando cargos de direção e gerência do que a média nacional. Há ainda um crescimento constante nos últimos anos. Em 2014, elas eram 34,5% do total de ocupantes desses cargos, passando para 41% em 2019 e para 44,9% em 2024.
Os dados foram organizados pelo Observatório do Trabalho e de Políticas Sociais, uma parceria entre a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS-RN), e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e compara o último trimestre de 2014, 2019 e 2024.
Os números do RN mostram que a proporção de mulheres nos cargos de chefia superou a média nacional em 2019 e em 2024. No Brasil, as mulheres eram 39,2% do total de ocupados em cargos de direção e gerência, percentual levemente menor que os 39,6% observados em 2019.
A proporção de mulheres nos cargos de direção e gerência supera, inclusive, o percentual no total de ocupados. Elas eram 44,9% dos ocupados nos cargos de direção, enquanto no total dos ocupados no estado, elas eram 40%. No Brasil, por outro lado, havia uma sub-representação das mulheres nos cargos de direção, uma vez que elas eram 39,2% nesses cargos e 43,2% no total dos ocupados.
Segundo Melayne Macedo, do Observatório do Trabalho e de Políticas Sociais, o crescimento da presença feminina em cargos de chefia e o aumento da proporção de lares chefiados por mulheres são fenômenos que não ocorreram de forma espontânea. De acordo com ela, eles resultam de múltiplas camadas de políticas públicas e contextos sociais que, ao longo dos anos, contribuíram para a ampliação da autonomia e do protagonismo das mulheres potiguares.