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Filme potiguar celebra memória trans e travesti

A trajetória de Leilane Assunção, uma das primeiras mulheres transexuais doutoras do Nordeste, inspira o curta-metragem “Transcedendo Fronteiras”, que será lançado no dia 27 de agosto, às 19h, no Auditório do LABCOM (DECOM/UFRN). A obra, contemplada pela Lei Paulo Gustavo, reúne histórias de resistência e afirmação de figuras centrais na luta travesti e transexual no Rio Grande do Norte e no Brasil.

No elenco, nomes como Dediane Souza, defensora dos direitos humanos; Jacqueline Brasil, presidenta da Rede Atrevida e referência histórica no RN; Jeniffer Rocha, primeira mulher transexual sem-terra a ter nome e gênero reconhecidos oficialmente no estado; Janaina Lima, primeira travesti gestora pública do RN; e Wanja Celine, primeira mulher trans potiguar a realizar cirurgia de afirmação de gênero pelo SUS. Mais do que um filme, a obra é rito, celebração e afirmação do direito à memória.

A direção e roteiro é da antropóloga Sol Alves, que chegou a Natal em 2023 para cursar mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN, após ser aprovada no primeiro edital específico para travestis e transexuais da instituição. Em entrevista ao Saiba Mais, ela falou sobre o processo criativo, o impacto esperado e a importância da preservação da memória trans e travesti.

Artistas potiguares realizam tributo ao compositor Almir Padilha

Nesta quarta-feira (23), o Teatro Alberto Maranhão (TAM) recebe artistas potiguares de várias vertentes musicais para reverenciar a obra do compositor natural de Parnamirim, que faleceu em maio de 2025.

Filho do compositor Almir Padilha, o multiartista Caio Padilha convida artistas potiguares de várias vertentes musicais para a realização de um grande tributo ao seu pai, falecido em maio de 2025. O show de homenagem ao autor de “Saudade d’ocê” e outras canções que falam de amor, de revoadas, de natureza e de tradições nordestinas, será realizado nesta quarta-feira (23), às 19h, no Teatro Alberto Maranhão, situado no bairro da Ribeira, em Natal (RN). A entrada é gratuita e o acesso é livre. A capacidade do teatro é de 600 lugares.

Ator, compositor e instrumentista, o artista Caio Padilha dividirá o palco com seis intérpretes: Carlos Zens, César Holanda, Cida Lobo, Deusa do Forró, acompanhada do sanfoneiro Reniê Apriggio, e ainda Galvão Filho e Ismael Dumang.

O tributo será conduzido por uma banda/base formada por Diego Francisco (diretor musical, violão e guitarra), Erick Firmino (baixo), Ricardo Baya (violão e guitarra) e Sílvio Franco (bateria). “Está sendo uma grande emoção revisitar essa trajetória de alguém como Almir Padilha, que dedicou de fato a vida ao ofício de compositor, de canções populares, que levou o nome de Parnamirim e o nome do Rio Grande do Norte por onde passou, com muito orgulho, a vida toda”, explica Caio.

Curta ‘Casa do Louvor’ terá pré-estreia em Currais Novos, dia 31 de julho

O filme que tem direção de Marcélia Cartaxo e Cristiane Fragoso será exibido em Serra do Mel, Mossoró, Florânia e Currais Novos; programação inclui oficinas de formação em audiovisual.

O curta-metragem Casa do Louvor, o Filme, dirigido pelas cineastas Marcélia Cartaxo e Cristiane Fragoso, terá sua pré-estreia em quatro cidades do interior do Rio Grande do Norte: Serra do Mel, Mossoró, Florânia e Currais Novos, respectivamente nos dias 28, 29, 30 e 31 de julho de 2025.

A obra é uma adaptação audiovisual do espetáculo teatral homônimo da Cia Bagana de Teatro (RN)com Direção dramaturgica de Carla Pires Martins, produzido em parceria com a Traquitana Cultural, e contará com exibições seguidas de oficinas de formação artística na área do audiovisual – uma ação estratégica que busca fomentar políticas públicas culturais nos municípios envolvidos.

A história do filme nascido nos palcos e agora adaptado para as telas, trata do preconceito e do descaso vividos por operárias do sexo no bairro Alto do Louvor, em Mossoró (RN). A narrativa trata da luta e resistência de mulheres em meio a uma sociedade patriarcal e conservadora do interior nordestino. O filme tem como protagonistas atrizes da própria companhia e roteiro assinado por Ana Carla Azevedo, Joriana Pontes, Marcélia Cartaxo e Cristiane Fragoso.

Documentário destaca protagonismo feminino quilombola no RN

O curta-metragem As Dançadeiras de São Gonçalo apresenta uma imersão delicada na prática tradicional da dança que leva o nome do santo português, mantida com vigor pelas mulheres da comunidade quilombola Pêga, em Portalegre, no Alto Oeste potiguar. A produção será exibida no dia 11 de julho na Mostra Horizontes do Festival Goiamum, em Natal.

Sob direção de Jorge Andrade, o filme constrói um retrato poético e respeitoso das dançadeiras, revelando como suas performances são carregadas de espiritualidade, resistência e memória coletiva. A obra não apenas documenta um rito, mas valoriza o gesto, o silêncio e a presença como elementos centrais de uma herança viva.

Tradição ancestral ainda pulsante

Embora a Dança de São Gonçalo esteja presente em várias regiões do Brasil, no Rio Grande do Norte ela segue viva apenas nas comunidades quilombolas Pêga e Arrojado. Com raízes na fé católica, a prática ganhou contornos locais, marcados pela força da cultura afro-brasileira e pelos modos de vida do sertão potiguar.

As Dançadeiras de São Gonçalo vai além do registro folclórico ou religioso. Ao se debruçar sobre as histórias das mulheres que mantêm essa tradição, o documentário reconhece a dança como uma expressão de identidade, conexão espiritual e afirmação cultural.

“Queríamos compreender o que leva cada mulher a seguir dançando, o que habita nos intervalos, nos gestos e nos silêncios”, explica o diretor. “Nosso ponto de partida foi a escuta. Não se trata apenas de mostrar, mas de sentir com elas.”

A ideia do projeto nasceu do desejo de romper com representações estigmatizadas das populações quilombolas, frequentemente retratadas a partir da dor e da ausência. A proposta foi construir, com sensibilidade e ética, um registro que parte do território e do afeto, priorizando a celebração da vida e da resistência cotidiana.

Trapiá Semente fomenta produção de sons e trilhas, no Seridó

Durante o período de 07 a 11 de julho, o Projeto Trapiá Semente realiza nos municípios, a Oficina “O Som na Cena”, para adolescentes dos grupos teatrais e para músicos das cidades.

O maestro Aglailson França, bacharel em trombone e especialista em Educação Musical, inicia a agenda da oficina “O Som na Cena”, nesta segunda-feira, dia 07, em Cerro Corá, às 19h, na Escola Estadual Querubina Silveira.

Em São Vicente, a oficina será no Museu Comunitário Quixabeira de Arte e Cultura, às 19h, dia 08. Na quarta-feira, dia 09, será em Lagoa Nova, na Estação da Juventude, às 19h e no dia 10, será em Jardim de Piranhas, no IERN, às 16h. Encerrando a programação, Jucurutu tem “O Som na Cena”, dia 11, às 17h, na Escola Municipal Wagner Lopes.

O maestro Aglailson França é compositor das trilhas sonoras para as peças de teatro da Trapiá Cia Teatral. As oficinas abordando sonoplastia, visam a produção de sons e trilhas inéditas, considerando a influência na emoção da cena, e criando sons, para enriquecer a montagem do espetáculo.

O Projeto Trapiá Semente é realização da Associação Cultural Trapiá através da Lei Câmara Cascudo , com patrocínio do Governo do RN, Secretaria Estadual de Cultura, Fundação José Augusto, Instituto Neoenergia e Neoenergia Cosern. A produção é da Mapa Realizações Culturais.

Mulheres agricultoras do Seridó protagonizam documentário

Na região da Serra de Santana, no Seridó do Rio Grande do Norte, grupos de mulheres agricultoras têm ampliado a produção de hortaliças por meio de uma experiência coletiva que articula geração de renda, agroecologia e economia solidária. O cotidiano dessas agricultoras, suas práticas e saberes, agora integram o documentário Canteiros do Bem-Viver: Semeando a Resistência no Semiárido, produzido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Territórios do Semiárido (SEMIAR/UFRN), em parceria com a Cáritas Diocesana de Caicó.

O curta foi gravado em outubro de 2023 em seis comunidades rurais dos municípios de Lagoa Nova e Bodó, onde foram implantados canteiros produtivos com apoio da Cáritas. Doze mulheres compartilharam seus relatos sobre o cultivo agroecológico, os impactos sociais do trabalho coletivo e o papel das tecnologias sociais na rotina do campo. A finalização do material ocorreu em março de 2024.

A produção faz parte do projeto de extensão Transição Agroecológica e Economia Solidária no Seridó Potiguar, coordenado pelo professor Leandro Vieira Cavalcante, do Departamento de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). Além do documentário, o projeto também desenvolveu e distribuiu cartilhas educativas sobre temas como agroecologia, economia solidária e convivência com o semiárido.

De acordo com o coordenador, o documentário busca apresentar experiências locais que vêm contribuindo para formas sustentáveis de produção e organização no meio rural, com foco nas mulheres agricultoras. Também visa apoiar a formação de novos grupos, fortalecer ações de extensão universitária e ampliar o debate sobre alternativas de vida no semiárido brasileiro.

Lançado publicamente em eventos como a Feira do Agricultor, em Lagoa Nova, e a Exposição Agropecuária de Caicó, o filme está disponível no canal do SEMIAR no YouTube.

Mulheres agricultoras do Seridó protagonizam documentário

Na região da Serra de Santana, no Seridó do Rio Grande do Norte, grupos de mulheres agricultoras têm ampliado a produção de hortaliças por meio de uma experiência coletiva que articula geração de renda, agroecologia e economia solidária. O cotidiano dessas agricultoras, suas práticas e saberes, agora integram o documentário Canteiros do Bem-Viver: Semeando a Resistência no Semiárido, produzido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Territórios do Semiárido (SEMIAR/UFRN), em parceria com a Cáritas Diocesana de Caicó.

O curta foi gravado em outubro de 2023 em seis comunidades rurais dos municípios de Lagoa Nova e Bodó, onde foram implantados canteiros produtivos com apoio da Cáritas. Doze mulheres compartilharam seus relatos sobre o cultivo agroecológico, os impactos sociais do trabalho coletivo e o papel das tecnologias sociais na rotina do campo. A finalização do material ocorreu em março de 2024.

A produção faz parte do projeto de extensão Transição Agroecológica e Economia Solidária no Seridó Potiguar, coordenado pelo professor Leandro Vieira Cavalcante, do Departamento de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). Além do documentário, o projeto também desenvolveu e distribuiu cartilhas educativas sobre temas como agroecologia, economia solidária e convivência com o semiárido.

De acordo com o coordenador, o documentário busca apresentar experiências locais que vêm contribuindo para formas sustentáveis de produção e organização no meio rural, com foco nas mulheres agricultoras. Também visa apoiar a formação de novos grupos, fortalecer ações de extensão universitária e ampliar o debate sobre alternativas de vida no semiárido brasileiro.

Lançado publicamente em eventos como a Feira do Agricultor, em Lagoa Nova, e a Exposição Agropecuária de Caicó, o filme está disponível no canal do SEMIAR no YouTube.

Movimento messiânico do século XIX no RN ganha documentário

Um movimento messiânico ocorrido no interior do Rio Grande do Norte, no século XIX, que arregimentou seguidores locais, causou medo em autoridades que temiam o mesmo destino que Canudos e, por fim, foi debelado pelas forças policiais, ganhou um documentário. “Messiânicos”, do radialista Tárcio Araújo, narra a história do evento religioso ocorrido em 1899 na Serra de João do Vale, na região onde hoje está o município de Triunfo Potiguar, liderado pelo místico Joaquim Ramalho do Nascimento, conhecido como beato Joaquim Ramalho.

A obra de 23 minutos foi produzida em 2020 por Tárcio Araújo como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Rádio e TV, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). No entanto, o filme ficou na gaveta em boa parte desse tempo. Dia 13 de junho, a produção foi apresentada no Fórum do Cangaço de Mossoró, e o radialista espera lançar com a comunidade da Serra de João do Vale até setembro. O trailer está disponível no YouTube.

Documentário “Caminhos da Fé” mostra a história do santuário de Santa Rita em Santa Cruz

Já está no ar na plataforma YouTube o documentário “Caminhos da Fé”, que traz o relato histórico da construção do santuário de Santa Rita de Cássia, inaugurado há 15 anos e onde foi implantada a maior estatua católica do mundo. O projeto, idealizado pelo hoje deputado estadual Tomba Farias (PL), na época prefeito da cidade de Santa Cruz (RN), nasceu sob a égide da fé, mas também cercado de desconfiança por parte da população, que diante da grandiosidade da iniciativa, achava que a obra era impossível de ser viabilizada e que tratava-se de “um sonho de louco”. O sonho, no entanto, tornou-se uma realidade que mudou a face da economia local e transformou um município encravado no semiárido nordestino em um dos principais destinos do turismo religioso do País.

A série “Caminhos da Fé” é composta por 15 episódios diários, dois dos quais já podem ser assistidos pelos internautas, através do link https://youtu.be/HSMwVkv5Ezo?si=cxk8b-OeCxSNWKsE

A série é rica em relatos históricos de personagens que vivenciaram de alguma forma as etapas de construção do complexo religioso, como o Monsenhor Aerton Sales. “Naquela ocasião, eu nunca imaginei uma estátua de 42 metros. Perguntei a Tomba ‘como o senhor vai fazer isso’? E ele respondeu: – se o senhor concordar, a gente vai atrás”, relata.

O lado “monumental e audacioso” do projeto também é observado nas declarações da arquiteta Adriana Alves e do escultor Alexandre Azedo, que deu forma a estátua de Santa Rita de Cássia.

“Nós santa-cruzenses ficamos um pouco assustados, pois era impossível você pensar no meio do sertão uma santa maior do que Cristo Redentor”, lembra o jornalista Wallace Azevedo no documentário.

O “Caminhos da Fé” também mostra depoimentos de personagens como o empresário Ruy Gaspar (grupo A.Gaspar) e do publicitário Jener Tinoco, que destaca que Santa Cruz, antes da construção do complexo religioso “era uma cidade só de passagem”.

Atriz Potiguar Alice Carvalho estreia em Guerreiros do Sol, novela da Globoplay

Guerreiros do Sol estreia nesta quarta (11) na Globoplay, a plataforma de streaming da Globo, com um total de 45 capítulos. A novela, a terceira voltada para exibição na plataforma, aborda o Nordeste das décadas de 1920 e 1930, época em que Lampião e seu bando transitavam pela região.

Os autores, George Moura e Sérgio Goldenberg, dizem que a novela é uma história de amor que se desenrola em meio à violência, desigualdades e ausência do estado que, de certa forma, explicam as contradições do Brasil atual.

Na trama, Alice Carvalho vive Otília, que é irmã da protagonista Rosa (Isadora Cruz), e se envolve amorosamente com Jânia, personagem de Alinne Moraes.

Guerreiros do Sol traz violência gráfica e explora com mais liberdade as questões sexuais, algo que não se veria normalmente nas novelas do canal aberto da emissora.

No vídeo de divulgação da novela, divulgado nas redes sociais, Alice Carvalho explica que Otília é a sensatez que quer descobrir o que há além da seca na roça.

“Otília é a lagarta que virou borboleta. A gente vê essa menina aprendendo a ler, o que quer e o que não quer em relação ao amor e até entender por dentro o cangaço. É uma personagem que carrega um outro arquétipo de mulher sertaneja… ela quer ter direito a educação, a uma boa alimentação, a seu pedacinho de terra. Esse é o sonho inicial dela. Ela ganha o mundo e conhece um bocado de si”, resume Alice Carvalho.

Do SAIBAMAIS