Mais de 22 mil pessoas quilombolas vivem no Rio Grande do Norte

O Censo Demográfico 2022 investigou, pela primeira vez, o pertencimento étnico quilombola dos residentes em localidades quilombolas e recenseou 1.327.802 pessoas quilombolas em 24 Estados e no Distrito Federal, sendo o Nordeste a região com o maior percentual de população quilombola do país (68,2%).

No Rio Grande do Norte foram contadas 22.384 pessoas quilombolas distribuídas em 8.382 domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador quilombola. Esse número de moradores quilombolas no estado representa 0,68% da população residente no RN, sendo o estado a décima unidade da federação com a maior proporção de pessoas quilombolas na população residente. No Brasil, 0,65% da população é quilombola.

Oito municípios potiguares juntos concentram cerca de 50% da população quilombola do estado A distribuição da população quilombola pelo Rio Grande do Norte aponta que 53 municípios potiguares têm residentes quilombolas. Oito deles concentram 49% de toda população quilombola residente no estado. São eles: Ceará Mirim (9,3%), Macaíba (6,5%), Portalegre (6,3%), Lagoa Nova (6,0%), Touros (5,8%), Parnamirim (5,1%), Natal (5,1%) e Luís Gomes (5%).

Em valores absolutos, Ceará Mirim é o município com o maior quantitativo de população quilombola (2.071 pessoas), o que corresponde a 2,62% da sua população quilombola recenseada. Macaíba é o município que apresenta o segundo quantitativo mais elevado de população quilombola, concentrando 1.459 pessoas quilombolas, o que corresponde a 1,77% da sua população quilombola recenseada, seguido de Portalegre com 1.399 pessoas quilombolas.

Embora apareça como terceiro no estado em quantitativo, Portalegre é o primeiro em percentual de pessoas quilombolas no total de sua população residente (18,41%). Jundiá e Luís Gomes figuram na segunda e terceira posição como os municípios com maior percentual de pessoas quilombolas no total de suas populações residentes, com 14,54% e 12,36%, respectivamente.