Um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) aponta que o estado pode deixar de comercializar entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões em exportações, por ano, com o aumento das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na manhã desta quinta (31), o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, se reuniu com lideranças dos diferentes setores, como sal, pescado, balas e pirulitos, e materiais recicláveis, que estão entre os mais afetados pela taxação adicional de 50% sobre produtos brasileiros. A estimativa é que o tarifaço colocaria em risco uma média de 4 mil postos de trabalho no RN.
“Isso coloca em risco empregos, arrecadação de impostos para o Estado e a manutenção de um mercado”, alertou Airton Torres, presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN (SIESAL-RN).
Dentre 47 produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos, apenas dois entraram na lista de exceção e não serão tarifados com a taxação de 50% estabelecida por Donaldo Trump: o óleo combustível e a castanha de caju.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Pesca do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN), Arimar França Filho, 80% das exportações de pescado do Estado são destinadas aos Estados Unidos.