A Casa Durval Paiva, referência nacional no acolhimento e assistência a crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas, lançará, no próximo dia 02 de setembro, a campanha Setembro Dourado. Considerado o mês de conscientização e mobilização contra o câncer infantojuvenil, neste ano, a campanha da Casa Durval Paiva ecoa uma mensagem poderosa: “No relógio da vida, cada segundo conta”. Essa frase nos lembra que, diante do câncer infantojuvenil, o tempo é um aliado precioso. Cada minuto pode significar mais chances de cura, menos sequelas e a preservação de sonhos, que não podem ser interrompidos.

A solenidade de abertura da campanha acontecerá no auditório da Durval Paiva, na terça-feira (02), a partir das 14h, com a participação de entes públicos e privados, representantes da saúde e secretarias de Natal.

No Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte por doença, entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, devido à falta de diagnóstico precoce e dificuldade do acesso ao tratamento especializado. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), serão registrados no país, cerca de 7.930 casos novos por ano, em crianças e adolescentes — uma média de 134 casos para cada 1 milhão de jovens. Destes novos casos, 4.230 são em crianças do sexo masculino e 3.700 do sexo feminino. No Rio Grande do Norte, o número é de 130 casos novos, por ano, sendo 70 em meninos e 60 em meninas.

A taxa de sobrevida nacional é estimada em 64%, mas essa realidade não é homogênea: nas regiões sul e sudeste, ela alcança 70% a 75%; já no nordeste, é de aproximadamente 60%. Isso nos mostra que a desigualdade também afeta o direito à vida.

A CDP registrou em seus 30 anos de atividade, até julho de 2025, 2.079 crianças e adolescentes acolhidos com câncer ou doenças hematológicas crônicas. Destes acolhidos, 1.327 usuários foram cadastrados com câncer infantojuvenil, o que equivale a 64% do total dos registros.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) concedeu salvo-conduto coletivo à associação Reconstruir Cannabis, autorizando colaboradores, associados e pesquisadores a produzir e fornecer medicamentos à base de canabidiol. A decisão liminar legitima a atuação da entidade, que atende cerca de 800 famílias, e também abrange pesquisas e iniciativas como a fabricação de tijolos ecológicos em parceria com a associação. A decisão beneficia colaboradores, associados atuais e futuros, bem como pesquisadores que desenvolvem estudos sobre o uso da cannabis no tratamento de diversas doenças, além de aplicações como a fabricação de tijolos ecológicos, desenvolvidas em parceria com a associação.

Agora, é aguardada a confirmação da liminar, que é inédita no RN, em um julgamento com data a ser definida. Felipe Farias, presidente da associação, ressalta o que significa a decisão do TJRN. “Em resumo, as pessoas que trabalham na associação e os pacientes que fazem o consumo de remédios à base de cannabis, não correm nenhum risco criminal a partir de agora. Além disso, a gente consegue aumentar nossa produção, atender mais famílias, e ganha aval para firmar parcerias com instituições como universidades e outros órgãos para avançar em pesquisas”, comemora Farias.

A Reconstruir Cannabis surgiu em 2018. O principal desafio nesses nove anos foi a constante judicialização, fase que deve ficar para trás com a decisão judicial. Carla Coutinho, diretora jurídica da associação, disse estar confiante na ratificação da liminar. ““Na prática, o habeas corpus coletivo significa segurança e possibilidade de expansão, porque na falta desse salvo-conduto, embora tivéssemos sempre a convicção de que não estávamos fazendo nada de errado, muita coisa ficava limitada apenas à publicidade e à confiança dos associados”, completa ela, em seguida. A atuação da Reconstruir começa com a produção de cannabis em uma sede agrícola aqui no RN, onde é feita a seleção do tipo de planta que será trabalhado. Esse processo é necessário porque existem plantas com teores diferentes de canabidioides.

A cidade de Currais Novos esteve representada na 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Norte, realizada nesta quarta-feira (27), na Escola de Governo, em Natal. Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, o encontro reuniu cerca de 300 delegadas de todas as regiões do estado para debater propostas e estratégias em defesa dos direitos das mulheres.

A delegação currais-novense contou com representantes do poder público e da sociedade civil. Do poder público participaram Rayssa Batista, secretária especial de Mulheres, Juventudes, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Patrícia Grace, psicóloga da Residência Multicampi da UFRN; e Ana Cristina, enfermeira também vinculada à residência. Pela sociedade civil, integraram a comitiva Livramento Silva, Maria Rita, Jamilla Macedo e Célia Vieira, fortalecendo o diálogo entre diferentes segmentos da comunidade local.

Durante a abertura, a secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Eutalia Barbosa, destacou a importância das conferências como espaços de participação democrática. “Sem soberania e sem democracia não tem vida para as mulheres. Nossos corpos estarão em risco constante. E sem igualdade de gênero e direitos das mulheres também não há democracia e soberania”, afirmou.

A governadora Fátima Bezerra ressaltou a construção coletiva que marca o evento e anunciou a entrega, em 2026, da primeira Casa da Mulher Brasileira no Rio Grande do Norte. Já a secretária estadual das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Júlia Arruda, enfatizou o fortalecimento da rede de proteção, destacando a ampliação da Patrulha Maria da Penha, que passará a atender também cidades do interior.

O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), unidade da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), em parceria com a Central de Transplantes, realizou mais um voo pela vida. Na tarde desta quinta-feira (28), um fígado destinado à doação foi transportado do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, até o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, de onde seguiu em voo comercial.

“Graças à agilidade do helicóptero Potiguar 02, o trajeto foi concluído em apenas 5 minutos, garantindo rapidez e segurança em uma missão que representa esperança para quem espera por um transplante. Uma operação que simboliza o compromisso do CIOPAER e da Central de Transplantes com a vida e a solidariedade”, destacou o coronel PM Eduardo Franco, comandante do CIOPAER.