Ponto de Memória em Lagoa Nova leva nome do cordelista José Milanez

A Rede de Pontos de Memória e Museus Comunitários do Rio Grande do Norte inaugura, na tarde desta quarta-feira (29), em Lagoa Nova, dois espaços de memória e uma casa de farinha na comunidade quilombola da Macambira, empreendimento de economia solidária no Estado, com apoio de instituições como o Pontão de Cultura e Comunicação e a Empresa Aliança Energia.
O ponto de memória leva o nome do cantador de viola e cordelista José Milanez, cerrocoraense que militou no sindicalismo rural, chegando a presidir o sindicato da categoria nos anos 80 em Currais Novos.

A história da comunidade quilombola de Macambira é marcada pelas dificuldades de acesso à água, pela luta para a retomada de seu antigo território, o enfrentamento ao preconceito e discriminação, pelo autorreconhecimento como remanescente quilombola e a busca da garantia de direitos e acesso às políticas públicas.

Em 2022 a comunidade quilombola tomou a decisão de e organizar um espaço de memória como forma de fortalecer a identidade quilombola, o sentimento de pertencimento dos integrantes da Macambira.

O Museu reúne documentos históricos sobre a origem da comunidade, ilustrações da trajetória da comunidade, um mapeamento fotográfico sobre a realidade cultural da comunidade realizado por alunos de escola públicas, além de painéis artísticos. É um equipamento que tem contribuído com o processo histórico da luta dos quilombolas, a ampliação e fortalecimento do da organização local, com o desenvolvimento sustentável da comunidade e com o turismo de base comunitária.